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Editorial

 

 

 

 

It’s a girl. God save the Queen
Vidas que se perdem. Ciclos que acabam 

O mais novo membro da família real britânica nasceu este sábado. Chama-se Charlotte Elizabeth Diana, nasceu com 3,700 kg e que é a quarta na linha de sucessão ao trono.

 

O nascimento da princesa trouxe ânimo aos britânicos, não por se tratar de mais bebé, mas sobretudo por ser uma menina - há muito desejada pela casa real britânica. Quanto se sabe Carlos e Diana gostariam muito de ter dado uma irmã a William e Harry, o que não foi possível.

 

O site YouGov revela que 48% dos britânicos acreditam que o nascimento de um novo herdeiro faz bem ao moral da Nação, enquanto 40% pensam que isso não tem qualquer efeito. Os números aproximam-se, apesar de tudo, indicando que a maneira como os súbditos de Isabel II vêm a Família Real e a sua importância social e política pode estar a mudar. 

 

De acordo com uma emenda feita em 2012 à lei de Sucessão à Coroa, a princesa não será ultrapassada na sua prioridade por nenhum eventual irmão mais novo, pelo tio ou por qualquer outro elemento masculino da família real britânica, como acontecia no passado.

 

O nascimento da princesa é apenas assombrado pela polémica de uma suposta filha de Carlos e Diana que vive nos Estados Unidos.

 

Mas como em todos os contos de fadas tudo deverá acabar com um final feliz! 

Na semana passada sofri mais uma perda. O meu avô materno partiu, aos 104 anos, do mundo dos vivos, mas deixou um legado aos seus familiares e amigos mais próximos. 

 

No dia do funeral prestei-lhe uma última homenagem que partilho no blogue. Foi um momento íntimo, mas que faço questão de partilhar aqui por considerar que ele ficaria feliz por ver partes da sua história e vivência contadas àqueles que seguem a neta. 

 

A última carta dedicada a Miguel Clemente Louro: 

 

Escrever, apagar, reescrever, voltar a apagar e escrever novamente!

 

Foi assim que consegui escrever-te esta última carta, na noite posterior à tua partida (depois de quase 24 horas sem dormir). Já não estás aqui, na nossa sala, no teu cantinho à janela a contemplar quem passa, mas sei que me ouves estejas onde estiveres. Ver partir alguém é o mais duro golpe que alguém pode sofrer, mais profundo ainda quando esse alguém é carne da nossa carne, sangue do nosso sangue.

 

É difícil para qualquer um de nós, aqui, viver este momento, mas para mim é particularmente doloroso porque traz-me à memória outras perdas e momentos menos felizes da minha vida, mas sei que onde estás hoje estás certamente em paz e a olhar por mim!

Poderia aqui dizer muitas coisas, tecer-te muitos mais elogios do que os que fiz ao longo destes 27 anos de convivência contigo, bem como os “puxões de orelhas” mas isso ninguém tem de saber por isso fica apenas entre nós.

Permaneceste oito longos anos na minha casa, que acabaram por ser quebrados, e recentemente retomados. Até ao teu último dia. Contigo aprendi, concordei, discordei, mas sobretudo amei-te até ao fim!

Nunca pensei perder-te de uma maneira tão… selvagem, mas acredito que tudo tem o seu tempo, tudo tem uma razão! A tua missão aqui acabou, mas a tua força e sabedoria, ainda que leiga, vai durar para sempre! Todos aprendemos contigo. 104 anos, quase 105 não é para todos, Miguel!

 Mas aquilo que me conforta é que finalmente vais poder juntar-te a quem sempre te amou e a quem amaste até ao último suspiro: a Mamã, uma das pessoas que mais amei na vida e que amou aos seus incondicionalmente!

És o bisavô que os meus filhos nunca chegarão a conhecer, infelizmente, mas eles saberão quem foste e que legado deixaste! Eles vão ouvir falar de ti, com certeza!

Termino por aqui, mas com a certeza de que o meu dever foi cumprido e de que não partirias sem uma devida homenagem. A tua vida foi obra e tu jamais serás esquecido pela família e pelos amigos que te levam até à tua última morada. És e sempre serás especial!

Descansa em paz!

 

Cláudia Louro dos Reis

05/06/2015

 

 

Muitos de nós passamos por experiências negativas, situações traumáticas... Momentos que apenas queremos esquecer. Deixar para trás para avançar. Avançar para crescer. Construir uma nova vida.

Nem sempre é fácil, é verdade! Mas conseguirmos "livrar- nos" daqueles que nos tornam pobres de espírito nada mais é do que um dos actos mais heróicos para quem o pratica.

 

Quem nunca viveu situações deste género provavelmente não entende a mensagem ou acha "patética", mas na realidade é assim que se cresce. Com sacrifício e superação!

Em momentos da nossa vida pensamos que os sacrifícios nunca mais acabam e que se trata de "muito azar" ou de "karma", mas vamos acreditar que tudo isso faz parte do nosso aprendizado!

Claro que a raiva, a incompreensão, a desilusão fazem parte da história e muitas vão-se atravessar no nosso caminho, mas a nossa principal missão é fintá-las e encontrar o nosso caminho, o nosso verdadeiro eu... Aquele eu que éramos no passado, quando ainda estávamos na casa de partida.

Já diz o ditado:" Não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe!".

Nem mais...

Por isso a renovação é possível. Basta estarmos preparados para iniciar mudanças interiores duras, mas essenciais para amadurecer.

Não temos de carregar uma máscara e muito menos temos de provar alguma coisa a alguém a não ser a nós mesmos. Só assim conseguimos alcançar o crescimento espiritual e perceber o porquê de algo ter acontecido na nossa vida!

O nosso futuro passa a ser a partir daí uma folha em branco na qual quem vai escrever somos nós próprios. Sem mágoas, sem ressentimentos e com apenas uma certeza: a de que queremos ser felizes... E livres!

Por tudo isto apenas apenas digo... Obrigada, fizeste me crescer! :)

 
Obrigada, fizeste-me crescer!
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